Cinzas de amor
Carina é o nome dela Não se dava há algum tempo Mas se deu, como era previsto para o momento Muito ou pouco, isso não importava Eram outros ares, outras faces Ninguém para julgar, nem para apontar Intensa somente, como se cada minuto fosse um desperdício de vida Queria na festa um motivo para se sentir viva O coração gelado como de costume Se apaixonar era mero vislumbre Três goles, dois tragos E os beijos cada vez mais amargos Sozinha de novo engolia o choro Partia pra briga, arrumava intriga O sangue era quente, não admite quem mente Tão linda a menina, mas continua sozinha Afinal, solitude não se quebra no gozo Mas sim na preocupação, no cuidado No abraço apertado Dos dias, passaram-se três, quatro E a cada noite era como um parto Não de deitar, mas de vê-lo levantar Da frieza, oportunidade Ao dizer que saia porque já era tarde E assim foi com um e mais outro E outro depois do outro O que tinha de linda, tinha de força Como eu queria pra mim essa moça ...