Quem olha a vida pelo retrovisor, acaba atropelando as oportunidades
Já percebeu como não sabemos lidar com o tempo-espaço?
Eita, fenômeno complicado que tira nossa paciência.
Algumas teorias dizem que somos assim, impacientes, porque não viemos ao mundo para viver dessa forma negativa. Na angústia, pressa, incertezas…
Como espiritualista, discordo. Escolhemos a passagem pela Terra, escolhemos os desafios, as relações, tudo isso. Por mais difícil que seja, em algum momento de nossa consciência transcendente, aceitamos essa condição.
Como homem cético, discordo. Nem sempre precisamos sofrer, apanhar, chorar, por mais que a vida aqui fora seja um frenesi de tubarões. Ela é linda e viver é demais. E assim, seguimos divididos.
Além desses fatores, existe o desejo humano e recorrente de controlar tudo ao seu alcance. Tecnologia, a ciência, o clima, os comportamentos, as pessoas. Aliás, que coisa maluca é essa de controlar pessoas?
Como se não bastasse uma incoerência muito pessoal, cruza de planos e sonhos versus realidade, queremos, muitas vezes, dragar os outros ao nosso redor para esse buraco-negro que nos consome. Principalmente aqueles que amamos.
É só pensar em todas as vezes que o passado nem tão sujo de quem você escolheu para viver ao seu lado assombrou seus dias e noites. Ah, você não é desses que gostaria de iniciar a vida de quem ama a partir do momento em que ambos se conheceram?
Então, sinta-se orgulhoso; você é um ser evoluído.
Por menor que seja seu ciúme ou sentimento de posse, existe sempre algo no pretérito do ser amado que tira nosso sono. Geralmente, é o medo em não ser o melhor cara da vida dela, o mais importante ou uma vontade de ser o único.
O receio da gata querer vivenciar experiências passadas ou então sensações reprimidas. Contra isso, fazemos o errado: ressuscitamos histórias antes soterradas. Tomamos acesso a um baú que não nos é de direito, caçamos e reviramos os momentos que, por muitas vezes, a própria pessoa não quer que seja trazido à tona.
E a verdade é que, assim como o tempo-espaço, não sabemos lidar com a verdade, supra-sumo dessa tentativa de colonizar os antecedentes do ser amado: ela já amou outro. Talvez mais do que ama você. Amou de diferentes formas. Passou por dias talvez melhores, viagens mais divertidas, menos brigas…
Assim como não podemos acelerar o tempo para concretizar planejamentos, não podemos interferir no passado para amenizar danos, por mais que tentemos. Eu sei que ele ainda conversa com a ex e jura ser apenas amizade.
Entendo que exista uma estagiária em princípio de flerte logo quando você apareceu, mas tentar proteger alguém do próprio passado é tão ineficaz quanto prever o futuro desse relacionamento. Tudo bem, você vai dizer que se trata de precaução.
Será mesmo? Pode falar também que é por conta de um amor cego, mas se o amor é cego, o sentimento não deveria sair ileso a essa coisas? Afinal, o que os olhos não veem…
Percebe como não faz sentido tentar controlar todo o percurso traçado de quem ama com medo de que isso cause um acidente, mais à frente?
A estrada do amor é sinuosa, por vezes esburacada, mas também tem seu visual de tirar o fôlego. E como é legal andar sempre acima da velocidade permitida, vento na cara, música alta, não é? Amar é, definitivamente, uma viagem.
E exige olhos atentos ao pára-brisa. Porque você sabe o que acontece se olhar apenas pelo retrovisor, com olhos preocupados do que ficou para trás e esquecer de mirar o horizonte, certo?
Eita, fenômeno complicado que tira nossa paciência.
Algumas teorias dizem que somos assim, impacientes, porque não viemos ao mundo para viver dessa forma negativa. Na angústia, pressa, incertezas…
Como espiritualista, discordo. Escolhemos a passagem pela Terra, escolhemos os desafios, as relações, tudo isso. Por mais difícil que seja, em algum momento de nossa consciência transcendente, aceitamos essa condição.
Como homem cético, discordo. Nem sempre precisamos sofrer, apanhar, chorar, por mais que a vida aqui fora seja um frenesi de tubarões. Ela é linda e viver é demais. E assim, seguimos divididos.

Além desses fatores, existe o desejo humano e recorrente de controlar tudo ao seu alcance. Tecnologia, a ciência, o clima, os comportamentos, as pessoas. Aliás, que coisa maluca é essa de controlar pessoas?
Como se não bastasse uma incoerência muito pessoal, cruza de planos e sonhos versus realidade, queremos, muitas vezes, dragar os outros ao nosso redor para esse buraco-negro que nos consome. Principalmente aqueles que amamos.
É só pensar em todas as vezes que o passado nem tão sujo de quem você escolheu para viver ao seu lado assombrou seus dias e noites. Ah, você não é desses que gostaria de iniciar a vida de quem ama a partir do momento em que ambos se conheceram?
Então, sinta-se orgulhoso; você é um ser evoluído.
Por menor que seja seu ciúme ou sentimento de posse, existe sempre algo no pretérito do ser amado que tira nosso sono. Geralmente, é o medo em não ser o melhor cara da vida dela, o mais importante ou uma vontade de ser o único.
O receio da gata querer vivenciar experiências passadas ou então sensações reprimidas. Contra isso, fazemos o errado: ressuscitamos histórias antes soterradas. Tomamos acesso a um baú que não nos é de direito, caçamos e reviramos os momentos que, por muitas vezes, a própria pessoa não quer que seja trazido à tona.
E a verdade é que, assim como o tempo-espaço, não sabemos lidar com a verdade, supra-sumo dessa tentativa de colonizar os antecedentes do ser amado: ela já amou outro. Talvez mais do que ama você. Amou de diferentes formas. Passou por dias talvez melhores, viagens mais divertidas, menos brigas…
Assim como não podemos acelerar o tempo para concretizar planejamentos, não podemos interferir no passado para amenizar danos, por mais que tentemos. Eu sei que ele ainda conversa com a ex e jura ser apenas amizade.
Entendo que exista uma estagiária em princípio de flerte logo quando você apareceu, mas tentar proteger alguém do próprio passado é tão ineficaz quanto prever o futuro desse relacionamento. Tudo bem, você vai dizer que se trata de precaução.
Será mesmo? Pode falar também que é por conta de um amor cego, mas se o amor é cego, o sentimento não deveria sair ileso a essa coisas? Afinal, o que os olhos não veem…
Percebe como não faz sentido tentar controlar todo o percurso traçado de quem ama com medo de que isso cause um acidente, mais à frente?
A estrada do amor é sinuosa, por vezes esburacada, mas também tem seu visual de tirar o fôlego. E como é legal andar sempre acima da velocidade permitida, vento na cara, música alta, não é? Amar é, definitivamente, uma viagem.
E exige olhos atentos ao pára-brisa. Porque você sabe o que acontece se olhar apenas pelo retrovisor, com olhos preocupados do que ficou para trás e esquecer de mirar o horizonte, certo?
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