Paixão e receios: A história de Pedro
Como deve ser?
Ser você e não saber de mim?
Me pergunto todo o sempre.
Inclusive, me pergunto também como vai ser se um dia você me conhecer, se fizer parte da minha rotina. Afinal, você é tão interessante. Nunca nos apresentamos, mas é o que acho.
Vejo você para lá e para cá, sempre atenciosa com todos, não mede paciência. Gosta de chá, chega cedo. Sorri a todo momento.
Ouço suas gargalhadas e dá vontade de dizer: ei, compartilha o que é tão engraçado? Me contagia. Dá vontade de rir também.
Conto para poucos amigos esse meu mal. De me apaixonar por alguém sem ao menos saber o que a pessoa gosta de fazer nas tardes de domingo, ou se prefere cortar o spaghetti ao invés de enrolar a tal massa no garfo. Será que tem um gênio ruim? E, sim, a resposta é tão clara, mas inevitável: isso é loucura.
Às vezes, invento motivos para cruzar o seu caminho. Faço coisas que imagino agradarem a você. Do tipo de quem canta uma música em voz alta na expectativa de um comentário favorável. Fracasso, claro. Entre tantas iniciativas, me volto sempre ao começo dessa estratégia. Se ao menos o Cupido estivesse ao meu lado, seria tão mais simples.
Alguns me incentivam a me apresentar e dizer que admiro seu trabalho, admiro seu cabelo preso, o cheiro do seu perfume. Daí, me imagino fazendo isso…
É tão doentio, não é? Mas olha, preciso me defender. É encantamento, isso. Você é encantadora. Seu jeito de andar, essas coisas. Não quero assustar. Na verdade, não quero nem te conhecer. Aliás, nem sei o que desejo!
Você nem imagina, mas tenho super poderes. Naquele momento em que cruzamos o corredor, eu congelo a cena com a mente. Observo seus penduricalhos, seu vestido branco, a sandália ligeiramente frouxa. Dá pra reparar que você ama ficar descalça.
Já dentro do elevador, atravesso aquele abismo imenso entre nós em um lugar tão pequeno. Ouço você contar notícias do seu dia, do final de semana… São horas, palavras e sentimentos que cabem entre segundos.
E sigo meu caminho. Não me atrevo te abordar, mesmo pensando em quantas coisas em comum teremos. Só de cogitar a possibilidade de um “não” sair desses lábios carnudos, é o fim pra mim. Meu sonho se tornaria pesadelo, caso você me evitasse.
Mesmo que a vontade de acordar do seu lado, te ver sair do chuveiro com a toalha no cabelo, reclamar sobre seus defeitos, suas chatices e seus atrasos seja devastadoramente forte.
Esse relacionamento é só meu. Não vou aceitar ninguém estragar essas sensações gostosas que tenho quando atravesso sua linha de tiro.
Nem mesmo você.
Ser você e não saber de mim?
Me pergunto todo o sempre.
Inclusive, me pergunto também como vai ser se um dia você me conhecer, se fizer parte da minha rotina. Afinal, você é tão interessante. Nunca nos apresentamos, mas é o que acho.
Vejo você para lá e para cá, sempre atenciosa com todos, não mede paciência. Gosta de chá, chega cedo. Sorri a todo momento.

Ouço suas gargalhadas e dá vontade de dizer: ei, compartilha o que é tão engraçado? Me contagia. Dá vontade de rir também.
Conto para poucos amigos esse meu mal. De me apaixonar por alguém sem ao menos saber o que a pessoa gosta de fazer nas tardes de domingo, ou se prefere cortar o spaghetti ao invés de enrolar a tal massa no garfo. Será que tem um gênio ruim? E, sim, a resposta é tão clara, mas inevitável: isso é loucura.
Às vezes, invento motivos para cruzar o seu caminho. Faço coisas que imagino agradarem a você. Do tipo de quem canta uma música em voz alta na expectativa de um comentário favorável. Fracasso, claro. Entre tantas iniciativas, me volto sempre ao começo dessa estratégia. Se ao menos o Cupido estivesse ao meu lado, seria tão mais simples.
Alguns me incentivam a me apresentar e dizer que admiro seu trabalho, admiro seu cabelo preso, o cheiro do seu perfume. Daí, me imagino fazendo isso…
É tão doentio, não é? Mas olha, preciso me defender. É encantamento, isso. Você é encantadora. Seu jeito de andar, essas coisas. Não quero assustar. Na verdade, não quero nem te conhecer. Aliás, nem sei o que desejo!
Você nem imagina, mas tenho super poderes. Naquele momento em que cruzamos o corredor, eu congelo a cena com a mente. Observo seus penduricalhos, seu vestido branco, a sandália ligeiramente frouxa. Dá pra reparar que você ama ficar descalça.
Já dentro do elevador, atravesso aquele abismo imenso entre nós em um lugar tão pequeno. Ouço você contar notícias do seu dia, do final de semana… São horas, palavras e sentimentos que cabem entre segundos.
E sigo meu caminho. Não me atrevo te abordar, mesmo pensando em quantas coisas em comum teremos. Só de cogitar a possibilidade de um “não” sair desses lábios carnudos, é o fim pra mim. Meu sonho se tornaria pesadelo, caso você me evitasse.
Mesmo que a vontade de acordar do seu lado, te ver sair do chuveiro com a toalha no cabelo, reclamar sobre seus defeitos, suas chatices e seus atrasos seja devastadoramente forte.
Esse relacionamento é só meu. Não vou aceitar ninguém estragar essas sensações gostosas que tenho quando atravesso sua linha de tiro.
Nem mesmo você.
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